Ando no meu limite
Não sei o que aconteceu
Mas não consigo mais dar um passo
Me sinto com amarras nos pés
E uma mordaça em minha boca
Não consigo mais falar o que me deixa triste
Eu não sei o que me deixa triste
Eu não sei para onde andar
Para onde ir
Eu não sei porque fiquei assim
Não tenho nenhuma sensação de tristeza ou de dor
Não sinto nada
Meu corpo parece andar vazio pela casa
Não há esperança
Não sonho mais
Apenas durmo
O que acontece na minha cabeça?
Nada desmoronou
Nada Mudou
Por que não tenho mais forças?
Mergulhada em profunda escuridão
Onde só sigo em frente porque tenho
Você
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O que não foi
Não pense que não foi legal
Que tudo foi em vão
Foi bom ter você por perto
O sexo nem sempre une as pessoas
Mas a amizade tem esse enorme poder
O toque
O cheiro
A volúpia
Deram lugar a um quase desencanto
A vontade
O desejo
A inquietação
Partiram sem deixar rastros
Ou ao menos disseram o motivo de terem decidido partir
A novidade já não existe mais, e o que era novo perdeu a graça
Não existe espaço pra você agora
E não queira ocupar um espaço que nunca foi seu
A vida segue
Esqueça tudo o pensou que sentisse por mim
"porque certos desejos não atingem o coração".
Lidiane Monte
Que tudo foi em vão
Foi bom ter você por perto
O sexo nem sempre une as pessoas
Mas a amizade tem esse enorme poder
O toque
O cheiro
A volúpia
Deram lugar a um quase desencanto
A vontade
O desejo
A inquietação
Partiram sem deixar rastros
Ou ao menos disseram o motivo de terem decidido partir
A novidade já não existe mais, e o que era novo perdeu a graça
Não existe espaço pra você agora
E não queira ocupar um espaço que nunca foi seu
A vida segue
Esqueça tudo o pensou que sentisse por mim
"porque certos desejos não atingem o coração".
Lidiane Monte
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Faz de conta
Faz de conta que não tomou minha razão e me fez cometer loucuras
Faz de conta que toda noite não sussurra em meu ouvido dizendo que me ama
Faz de conta que não não sinto desejo quando suas mãos percorrem minhas costas fazendo carinho
Faz de conta que seus beijos não provocam em mim um delicioso frenesi
Faz de conta que quando me devora e se lança sobre mim, meu corpo não se prepara para recebe-lo
Faz de conta que depois de tantos um amor que era para ter se desgastado pelos problemas e rotina, não se reinventou.
Agora imagina que se tudo fosse verdade?
O que seria de nós?
O que seria de um sem o outro?
Seríamos tão felizes????
Você me completa... somos iguais, deliciosamente e perigosamente iguais.
Faz de conta que se pudesse voltar ao passado, faria tudo novamente...
Faz de conta...
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Predadora
Ela olha para o relógio e vê que está na hora de começar a se arrumar.
Ela se despe e entra na banheira, a água morna toma conta do seu corpo, enquanto na sala o rádio toca suas músicas preferidas. Um banho demorado faz acordar a fera que existe dentro dela.
Passa um óleo no corpo todo, sua pele fica aveludada e com um brilho sem igual.
Abre o armário e escolhe a roupa que combina com seu espírito. Hoje vai usar um vestidinho preto, curtíssimo, novo em folha, só para essa ocasião. Saltos.... experimenta vários e o mais alto é o que mais a agrada.
O cabelo é um espetáculo a parte,horas no salão para deixa-los escorridos e acetinados. Hoje é dia de arrazar.
Agora já pronta, pega a chave do carro e nem se olha no espelho. Sabe que está muito além de qualquer um que achar que a mereça.
Ela entra na boate e atrai todos os olhares. Vai direto para o bar e pede uma taça de Martini, acende um cigarro e olha o ambiente. Realmente nada ali a atrai. A música faz um convite e ela aceita, vai para a pista, seu balanço, seus olhares, tudo pára a sua volta só para admira-la. Poucos corajosos e infelizes enfrentam o medo e interrompem sua dança para cortejar-lhe. Como disse: Infelizes. Ela não os escolheu. É uma predadora, não se deixa no papel de caça. Seu corpo todo suado hipinotiza cada vez mais alguns desavisados.
Volta para o bar e com seu olhar de águia escolhe sua presa. Ela está com amigos, riso solto e muito interessante. Nossa predadora toma coragem e parte para o ataque. Para em frente, olha nos olhos e sorri. É o primeiro sorriso que ela dá nessa noite. A caça retribui. Sem falar nada ela segura-a pela nuca e a beija com volúpia. A presa não resiste e se entrega. Beijos e mais beijos. Mão e mais mãos...
O convite para ficarem a sós não demora a chegar. A presa aceita. Sua casa ou na minha? Essa é a questão.
Predadora sabe que não se leva ninguém sua casa, então aceita o convite de conhecer a casa da sua mais nova conquista. Mal abrem a porta e as roupas caem pelo chão, parede, cama, chão, chuveiro, bocas, sexo, gozo, gemidos....
Acabou... A conquista já não tem mais tanta graça, adormeceu abraçada a um travesseiro, foi apenas sexo e nada mais. Ela fuma um cigarro enquanto veste suas roupas, pega a chave do carro, bate a porta e sai. Sem bilhete, sem despedidas, ela não é de ninguém, ela só permitiu que penetrasse seu corpo, mas não sua alma.
Chega em casa abre uma garrafa de vinho suave, tão suave quanto a brisa que bate em seu rosto. Agora sim ela olha no espelho, seu batom vermelho borrado faz com que solte um sorriso indicando que a loucura realizada foi aprovada. Brinda a sua imagem refletida no espelho, essa mulher em chamas, esse furacão... Ela se despede dela também, só mais alguns minutos e o dia vai clarear e ela vai voltar a ser uma abóbora.
Ela se despe e entra na banheira, a água morna toma conta do seu corpo, enquanto na sala o rádio toca suas músicas preferidas. Um banho demorado faz acordar a fera que existe dentro dela.
Passa um óleo no corpo todo, sua pele fica aveludada e com um brilho sem igual.
Abre o armário e escolhe a roupa que combina com seu espírito. Hoje vai usar um vestidinho preto, curtíssimo, novo em folha, só para essa ocasião. Saltos.... experimenta vários e o mais alto é o que mais a agrada.
O cabelo é um espetáculo a parte,horas no salão para deixa-los escorridos e acetinados. Hoje é dia de arrazar.
Agora já pronta, pega a chave do carro e nem se olha no espelho. Sabe que está muito além de qualquer um que achar que a mereça.
Ela entra na boate e atrai todos os olhares. Vai direto para o bar e pede uma taça de Martini, acende um cigarro e olha o ambiente. Realmente nada ali a atrai. A música faz um convite e ela aceita, vai para a pista, seu balanço, seus olhares, tudo pára a sua volta só para admira-la. Poucos corajosos e infelizes enfrentam o medo e interrompem sua dança para cortejar-lhe. Como disse: Infelizes. Ela não os escolheu. É uma predadora, não se deixa no papel de caça. Seu corpo todo suado hipinotiza cada vez mais alguns desavisados.
Volta para o bar e com seu olhar de águia escolhe sua presa. Ela está com amigos, riso solto e muito interessante. Nossa predadora toma coragem e parte para o ataque. Para em frente, olha nos olhos e sorri. É o primeiro sorriso que ela dá nessa noite. A caça retribui. Sem falar nada ela segura-a pela nuca e a beija com volúpia. A presa não resiste e se entrega. Beijos e mais beijos. Mão e mais mãos...
O convite para ficarem a sós não demora a chegar. A presa aceita. Sua casa ou na minha? Essa é a questão.
Predadora sabe que não se leva ninguém sua casa, então aceita o convite de conhecer a casa da sua mais nova conquista. Mal abrem a porta e as roupas caem pelo chão, parede, cama, chão, chuveiro, bocas, sexo, gozo, gemidos....
Acabou... A conquista já não tem mais tanta graça, adormeceu abraçada a um travesseiro, foi apenas sexo e nada mais. Ela fuma um cigarro enquanto veste suas roupas, pega a chave do carro, bate a porta e sai. Sem bilhete, sem despedidas, ela não é de ninguém, ela só permitiu que penetrasse seu corpo, mas não sua alma.
Chega em casa abre uma garrafa de vinho suave, tão suave quanto a brisa que bate em seu rosto. Agora sim ela olha no espelho, seu batom vermelho borrado faz com que solte um sorriso indicando que a loucura realizada foi aprovada. Brinda a sua imagem refletida no espelho, essa mulher em chamas, esse furacão... Ela se despede dela também, só mais alguns minutos e o dia vai clarear e ela vai voltar a ser uma abóbora.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Bocas
Qual o poder de uma boca em sua vida?
Bocas vermelhas, carnudas, bocas finas, delicadas, boca rosada , boca nunca beijada
Boca nunca explorada ou entregue com volúpia.
Boca que abre a fenda para receber a doce saliva do ser amado
Boca que morde os lençois... que rasga a pele
Bocas que se encontram e destroem a capacidade de saber o que é certo e errado
Boca maliciosa, que sabe do que é capaz de provocar em certas pessoas
Boca tímida, boca nervosa com direito a morder os lábios, mostrando desejo ou excitação
Boca que desliza pelas costas, passeia pelo corpo, desbravando e apresentado lugares nunca antes imaginados
Boca silenciosa, que solta apenas pequenos gemidos, mas é capaz de te deixar zonza
Boca devassa, que urra, geme, grita seu nome e pede mais. Essa boca transborda desejo e tesão.
O som que vem dela é quase uma ordem, impossível não acatar.
Boca suave, que chega devagar, sussurra, e quando seus lábios encostam em seus ouvidos
Onde foi parar o chão?
Boca que não tem sexo, menino, menina, homem e muher...
Boca boa de beijar
De todas as bocas aqui faladas você mesmo assim não encontrou a que procura, não se desespere.
Existem milhões de bocas a serem descobertas, usadas, lambidas, chupadas... E pode estar certo que uma delas vai dilacerar seu coração.
Lidiane Monte
sábado, 2 de outubro de 2010
Nó no peito
Preciso afastar de mim essa dor e esse nó no peito
Mas como fazer para achar a causa de tamanha dor?
Pior do que sentir dor
É não saber de onde ela vem
A dor não ter total controle da situação
A dor de não conseguir sair desse estágio de letargia
A dor de estar suspenso entre o céu e o inferno
Colocar no papel minhas dores
Está sendo meu remédio
Não mais uma fuga
Mas uma opção
Estou dando o primeiro passo para a cura
Do meu corpo e da minha mente
Deixando para trás a escuridão
Mas como fazer para achar a causa de tamanha dor?
Pior do que sentir dor
É não saber de onde ela vem
A dor não ter total controle da situação
A dor de não conseguir sair desse estágio de letargia
A dor de estar suspenso entre o céu e o inferno
Colocar no papel minhas dores
Está sendo meu remédio
Não mais uma fuga
Mas uma opção
Estou dando o primeiro passo para a curaDo meu corpo e da minha mente
Deixando para trás a escuridão
Insegurança
Logo eu que sempre fui tão destemida
Encontro-me encolhida num canto
em posição fetal
Nem prozac, nem dormonid
Nada me acalma
Tudo anda me fazendo mal
Estou cansada de engolir sapos
Escalar montanhas e construir pontes
Eu quero apenas um pouco de paz
Venho gastando meus sapatos
Reunindo forças e jogando fora velhos frascos
De perfumes que não perfumam ninguém mais
Reclusão... é esse meu momento
Agora só eu e meu par
Cansei de sorrir com vontade de chorar
De mentir tentando agradar
De me ferir para tentar a vida levar
Eu tô fora
Joguei a toalha
Cansei de ser essa pessoa sempre tão solícita
Pessoa que está sempre disposta a ajudar a quem precisa
Hoje eu preciso me ajudar
Arregaçar as mangas e deixar de olhar para os outros e olhar pra mim
Não pensem que desisti de mim, não.... isso nunca
Estou apenas resgatando o meu eu...
Tomando as rédeas da minha vida.
Não sou essa calmaria, não sou 100% alegria, não sou mais aquela mulher que vestia essa fantasia
Volto a ser a mulher explosão, emoção, que sabe mostrar seu amor e sua dor
Hoje volto a ser Lidiane
Lidiane Monte
Encontro-me encolhida num canto
em posição fetal
Nem prozac, nem dormonid
Nada me acalma
Tudo anda me fazendo mal
Estou cansada de engolir sapos
Escalar montanhas e construir pontes
Eu quero apenas um pouco de paz
Venho gastando meus sapatos
Reunindo forças e jogando fora velhos frascos
De perfumes que não perfumam ninguém mais
Reclusão... é esse meu momento
Agora só eu e meu par
Cansei de sorrir com vontade de chorar
De mentir tentando agradar
De me ferir para tentar a vida levar
Eu tô fora
Joguei a toalha
Cansei de ser essa pessoa sempre tão solícita
Pessoa que está sempre disposta a ajudar a quem precisa
Hoje eu preciso me ajudar
Arregaçar as mangas e deixar de olhar para os outros e olhar pra mim
Não pensem que desisti de mim, não.... isso nunca
Estou apenas resgatando o meu eu...
Tomando as rédeas da minha vida.
Não sou essa calmaria, não sou 100% alegria, não sou mais aquela mulher que vestia essa fantasia
Volto a ser a mulher explosão, emoção, que sabe mostrar seu amor e sua dor
Hoje volto a ser Lidiane
Lidiane Monte
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